Como habitualmente, hoje entrei pela manhã rumo à Via de Cintura
Interna, e iniciei os meus agradecimentos aos meus Mentores, pelo dia de ontem
e implicitamente retirei o som do rádio.
E continuei caminho … Dei comigo a não restabelecer a minha relação
com a música e apenas ouvir o barulho do motor e sem que este quebrasse a
quietude dos meus pensamentos ….Mais parecia que o meu olhar se sintonizava
numa dimensão diferente e durante alguns minutos apareceu na minha tela pedaços
da minha vida… A passarem muito rápido como “flashes” de uma maratona… Aqui
deixei de forma clara que eles emergissem sem que eu contrariasse essa visão…Vi
tanto essas imagens que surgiam em catadupa e a minha resposta salutar foi
igualmente deixar que as lágrimas caíssem abundantemente, pela minha face, e
mantive esse estado de alma entre as imagens que me produziram relembrar o Amor
em toda a sua essência… e também as imagens de desamor, em igual dimensão e
fiquei a refletir sobre a edificação da luz da minha experiência…Nesse momento
refleti muito, sobre tudo… A essência e a plenitude do amor…Relembro, a recente
entrevista de Rita Ferro, no programa “Alta de definição” e nomeadamente quando
questionada sobre se se morre de amores, ela respondeu sim, sem hesitar, mas
explicitou quando existe desamor….
E daí emergiu, uma pergunta, entre muitas,
como se permite alguém com tanto desamor, ser capaz de deixar de mencionar o
meu nome, pessoalmente ou via móvel … A intenção é despersonalizar um amor ou
ser humano que se chama Zilda …
Constato, com alguma pena verificar que o lado negro
existente em cada ser humano tenha tomado conta de alguns, que nem sequer se
questionam consciencialmente… Valeu a pena fazer esta catarse, eu continuo a ser
Zilda, independente dos diminutivos familiares ou outros que gosto de ser apelidada.
Momento de psicografia
08/07/10
A vida de mendigo andrajoso nem sempre teve o mesmo
significado perante os séculos. Na memória do passado dos Hebreus o que assim
se apresentava junto dos homens, apenas queria dizer que perante Deus se
despojou de toda a riqueza e matéria e sua veste correspondia a simplicidade e
pureza de pensamento e da acção.
Para outros povos o significado era de pobreza física e
mental. E, actualmente coloca-se a pergunta, como é que a vossa sociedade olha
para eles? Atrevo-me a responder que os ignoram, cruzam-se todos os dias
convosco apesar de serem em número incalculável. O poder dos povos tem
fomentado cada vez mais o seu crescimento e cavam um fosso enorme entre os
ricos e os ditos pobres. Mas pobres apenas têm o nome, têm sim, identidade,
sentimentos, vida para viver e também sonham e sobretudo têm alma…
A ti, muito especialmente faz que no teu quotidiano esta
realidade não exista mais, e com o teu amor ajuda o teu próximo como a ti
mesmo… Nada de especial, apenas, e só, seres homem planeta de amor…
O vosso HILARION